Agora tenho o meu sangue escorrendo pelo chão,
minhas veias vazias a secar,
já não tenho mais pulsação
e a morte é facilmente vista no meu olhar.
Dias de sórdidos amores vivi e usufruí,
por aquela que eu sempre amei.
Angústia e sofrimento senti, ao ver você partir,
só sei que triste com isso sempre serei.
Brigas, controvérsias e difamações,
beijos abruptos e raivosos; é verdade
um sexo apaixonado e intrigante
e nosso destino traçado até a eternidade.
Naquela noite uma confusão incessante
um olhar de raiva sem razão,
ela dizendo que eu era um maltrapilho vacilante.
E volto à realidade, e vejo seu pescoço quebrado entre minhas mãos.
Perdido sem rumo nem direção
sem querer saber a mais clara verdade
por um momento impertinente e sem explicação
ocasionando um feito de incrível crueldade.
Amargurado só encontro uma solução;
meus olhos lacrimejam só em pensar
na última caminhada, no último suspiro,
resta-me então o sofrimento de nunca poder me desculpar.
E agora eu tenho meu sangue escorrendo pelo chão
minhas veias vazias a secar
já não tenho mais pulsação
só gostaria de novo poder encontrá-la.
Pedro Ignácio Vidal